Quanto custará para usar o 5G nos EUA? Pouco menos de R$ 40 extras por mês

O Brasil e a América Latina como um todo podem estar bem atrasados com relação ao 5G, mas nos Estados Unidos a ideia já está em um estágio bem avançado. A Verizon se tornou a primeira grande operadora a divulgar o custo adicional da nova geração de rede móvel aos clientes: US$ 10 a mais por mês – o equivalente a 40 reais.

Segundo um porta-voz, a maior operadora norte-americana de telefonia móvel vai dar a largada no 5G ainda com algumas limitações. Apenas clientes com planos de dados ilimitados poderão ter acesso ao serviço, mediante, claro, o uso de um dispositivo compatível. Além disso, a novidade chegará no dia 11 de abril, mas será restrita, de início, a partes de Chicago e Minneapolis. O serviço será gratuito pelo período de 90 dias.

Nesse começo, a Verizon irá vender apenas um modelo habilitado para a quinta geração de rede, o Motorola Moto Z3 – ele virá com um modem clip-on que o torna compatível. A Samsung também anunciou planos para lançar um dispositivo 5G no final deste ano.

A Verizon não é a única na corrida para lançar o 5G. Todas as quatro operadoras norte-americanas anunciaram planos para ter serviços desta rede em algumas cidades este ano, e trabalham com a chegada definitiva da mesma. Porém, elas têm mantido a boca totalmente fechada quanto aos custos disso para os clientes.

Fato é que o sucesso da quinta geração ainda é uma incógnita. Por isso, essas introduções iniciais vão servir como um teste para as operadoras, avaliando a disposição dos clientes em pagar mais por serviços de dados mais rápidos. O custo do serviço sem fio nos Estados Unidos caiu nos últimos anos, enquanto o crescimento no número de assinantes freou e as operadoras se mexeram para recuperar o mercado, voltando com os planos de dados ilimitados e barateando os planos mensais.

Verizon larga primeiro, mas concorrência está atenta

Executivos da Verizon explicaram, em fevereiro, que a empresa planeja oferecer serviço móvel 5G em mais de 30 mercados até o fim do ano. Por ora, o oferecimento inicial será focado em áreas centrais de Chicago e Minneapolis, especialmente em alguns pontos de referência como o Art Institute of Chicago e o US Bank Stadium, de Minneapolis.

No final do ano passado, a Verizon começou a oferecer serviço de banda larga 5G doméstico em quatro mercados, incluindo Los Angeles e Houston, por US$ 70 mensais. Esse serviço, porém, não se baseou no padrão internacional, definido pelo grupo global da indústria, e terá que ser atualizado.

A AT&T criou um hotspot 5G móvel e o ofereceu a algumas empresas e consumidores gratuitamente. Ela planeja vender o equipamento nos próximos meses por US$ 499, e o serviço estará disponível em algumas cidades por US$ 70 mensais para 15 GB de dados.

A T-Mobile, por sua vez, trabalha com a ideia de que a nova receita do 5G virá de novos serviços, dispositivos adicionais conectados e usos comerciais, e não de pessoas atualizando seus planos para smartphone. “Não temos planos de cobrar de forma diferente pela ativação do 5G para as assinaturas de smartphones atuais”, declarou Mike Sievert, diretor de operações, no mês passado. A empresa aguarda revisão regulatória de sua proposta de fusão com a Sprint, o que reduziria o número de operadoras norte-americanas para três.

Fonte: Wall Street Journal

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