Os 3 maiores erros que as empresas cometem no retorno aos escritórios, saiba mais…

Javier Soltero, vice-presidente e gerente geral do Google Workspace, voltou a trabalhar de maneira híbrida, junto com os funcionários do Google nos Estados Unidos, na última semana, depois de dois anos de trabalho remoto. O executivo entrou na empresa em setembro de 2019 e, por isso, não teve muito tempo para estabelecer conexões com as pessoas antes da pandemia. Agora, ele vai até o escritório duas vezes por semana.

Embora Soltero esteja animado com o retorno e a possibilidade de interagir com a equipe e os colegas, ele disse, em entrevista à CNBC Make It, que faria algumas coisas diferentes, se pudesse voltar no tempo. Aqui estão os três maiores erros que ele recomenda que os líderes evitem nesse momento de transição:

1. Abordar uma estratégia única para todas as áreas
As estratégias de retorno devem levar em conta que alguns trabalhos precisam ser feitos pessoalmente, enquanto outros podem ser realizados remotamente. As conversas sobre o trabalho híbrido, muitas vezes, consideram apenas onde o trabalhador estará, em vez de se pensar no que ele vai fazer. Alguns cargos, em especial os que atuam na linha de frente com o público, dependem mais do trabalho presencial, e a balança acaba ficando desequilibrada.

“Os gerentes devem pensar mais sobre como podem fornecer arranjos de trabalho flexíveis e híbridos, mesmo para pessoas cujos empregos exigem que se esteja no local”, diz Soltero. Isso quer dizer que as empresas devem capacitar os funcionários para utilizar aplicativos ou ferramentas que possibilitem o trabalho remoto, reuniões por vídeo e uma conexão mais rápida à sede corporativa.

2. Não usar a tecnologia adequada
Os funcionários foram simplesmente expostos às ferramentas tecnológicas nos últimos dois anos, sem preparo, mas isso não quer dizer que eles se sintam 100% preparadas para utilizá-las. “Muitas pessoas ainda se sentem desconfortáveis com videoconferências e outros programas, e negligenciam aprender como usá-los a seu favor até que seja realmente necessário”, diz.

Os gerentes devem se comunicar com os funcionários sobre quais métodos funcionam melhor para comunicação, como videoconferências ou o compartilhamento de documentos, e estabelecer diretrizes sobre como usar cada um.

3. Focar demais em reuniões para resolver problemas de proximidade
O trabalho híbrido tem preocupado gerentes de RH, pois oportunidades de promoções na carreira ou networking acabam sendo mais frequentes para quem está no escritório com mais frequência.

Para resolver esse problema, muitas empresas têm apostado em inúmeras reuniões para engajar os funcionários, tanto os que estão presencialmente no escritório quanto os que estão trabalhando à distância. No entanto, o excesso de encontros pode provocar o efeito contrário. “Há muito mais trabalho a ser feito nos próximos meses do que reuniões e ligações com clientes”, diz ele, embora reconheça o desafio de proximidade.

Solteiro sugere que, em vez disso, os líderes se concentrem em renovar os contratos sociais, ou expectativas, dentro de sua organização: manter as reuniões mais curtas, definir “horas livres” claras para comunicação com a equipe e combinar onde e como os brainstorms criativos devem ocorrer.

Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios

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